(Coleção Pólvora, nº 50)
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domingo, 8 de dezembro de 2013
sábado, 7 de dezembro de 2013
POL049. Uma só carta
(Coleção Pólvora, nº 49)
Começa assim este livro de Richard Jacson: “Desde o primeiro
momento em que se viram, mesmo antes de conhecerem os nomes um do outro, houve
entre ambos uma nítida antipatia, uma repulsa tão violenta como irrefletida.
Quando cada um deles soube alguma coisa da vida e das andanças do outro, viu
que aquela hostilidade instintiva era justificada”.
“Poucos dias depois de pisar pela primeira vez as ruas de
Rock Spring, Speedy Bob Cantrell não era mais, aos olhos de Lilian Webster, do
que um assassino profissional, um pistoleiro a soldo de quem melhor lhe
pagasse”.
“Bob não dizia o que pensava dela, porque um homem não deve
dizer, em público, mal de uma mulher, mas a verdade é que recearia menos uma
cobra cascavel do que as palavras de mel e os doces sorrisos da cançonetista do
«Oasis Saloon»”.
“Aqueles que conheciam, por pouco que fosse, a histyória dos
dois, afirmavam que ambos tinham razão. Lilian tinha passado os últimos seis ou
sete anos a vaguear pelas cidades mineiras do Colorado e pelas povoações de
vaqueiros do Wyoming, onde arruinara quantos tinham confiado nas suas
promessas, e provocado três lutas sangrentas em que haviam perdido a vida
criaturas que, provavelmente, valiam mais do que ela”.
“Por seu lado, Speedy, fazendo honra à sua alcunha, tinha
atirado, em mais de uma vintena de ocasiões diferentes, com mais rapidez do que
os seus adversários – e todos eles haviam sido enterrados sem demoras inúteis”.
Com este início, pensar-se-ia o pior dos “heróis” da nossa
história. O certo é que, com o decorrer da descrição, a opinião acerca de ambos
vai-se modificando. Lilian tinha muitos defeitos, enganara muito homem, mas por
vezes tinha o sentido da honra. E Speedy revelou-se um verdadeiro apóstolo da
verdade quando mostrou que havia um grupo de facínoras interessados em culpar
os índios de ataques contra os operários da construção da linha de
caminho-de-ferro, facínoras contratados por um financeiro que procurava
apossar-se das ações da companhia.
E o final da novela mostra a aproximação entre aqueles dois
que tanto se odiaram inicialmente.
Um livro interessante, mas contado de uma maneira um tanto
aborrecida.
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
POL048. Morreu um pistoleiro
(Coleção Pólvora, nº 48)
Este livro de O. C. Tavin não é muito interessante,
adivinhando-se desde as primeiras palavras o evoluir da trama. Não deixa, no
entanto, de ter passagens interessantes.
Joe Marble é um pistoleiro com notável capacidade para se
excluir da responsabilidade de situações complicadas. Não é um pistoleiro no
sentido mais nobre do Oeste. Geralmente, para não deixar rasto e para não
permitir desfechos inesperados, usava as pistolas bem escondido e sem o
adversário saber o que ia passar-se. Diz
o autor que Marble era “um perturbador da ordem pública, batoteiro, provocador
de escândalos, apesar de não ser possível levá-lo a responder por isso, em
virtude da sua astúcia de raposa sabida, a sua habilidade em apresentar alibis
falsos e a sua inata facilidade de desaparecer quando as coisas começavam a
correr-lhe mal”.
Na pequena e risonha povoação de Doggert Flat, uma povoação
com casas de pedra e barro, entre os vales e riachos que iam desaguar no Rio
Grande, totalmente dedicada à criação de gado, Joe Marble veio a conhecer
Rosario, filha de um abastado ganadeiro a quem cortejou. Quando tentou oficializar a situação com o
aval do velho Callahan, este, que se tinha informado acerca das suas qualidades
recusou que continuasse a acompanhar a filha.
A novela desenvolve-se com o assassínio do Pai de Rosario,
obviamente às mãos de Joe Marble, assassínio esse encomendado por um outro
granadeiro que se dedicava ao roubo de gado e invejava a sua situação, tendo
contratado Marble para esse efeito.
O segredo do sucesso de Callahan tinha a ver com o facto de
ter contratado um veterinário para acompanhar o seu gado. Este homem que também
domava cavalos e sabia disparar acabou por encontrar em Rosario um estímulo à
descoberta da verdade já que o xerife preso em preconceitos legais não
conseguia atuar contra os assassinos que todos adivinhavam quem era.
E, no duelo final, morreu o pistoleiro…
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domingo, 1 de dezembro de 2013
POL046. Coração Valente
(Coleção Pólvora, nº 46)
Bill Kenton tinha dezassete anos e já estava farto do estado
de Indiana onde nada se passava, onde a propriedade era diminuta e as pessoas
não singravam, tendo um pai duro violento, brutal que em certas ocasiões exigia
da mulher e dos filhos uma obediência cega. Farto, resolveu partir em busca de
aventura que as novas terras para oeste e norte possibilitavam.
O encontro com Kit Hurricane Colton conduziu-o a Lewis
Hulton que, sob o comando de Simon Legarde, preparava uma expedição para os
terrenos dos Shoshones, uma tribo índia temida pela sua ferocidade. O objetivo
era a caça de animais para obtenção de peles que eram valorizadas nos mercados
do Este. Ora, os shoshones ocupavam uma região poucas vezes pisadas por
brancos; eram magníficos caçadores e Legarde esperava voltar com um
carregamento de peles capaz de o tornar definitivamente rico.
Para abalar a ferocidade dos índios, Légarde contava com
Estrela Matutina, uma criança índia, filha do chefe Raio Vingador, que tinha
fugido da tribo e a quem tinha encontrado em condições sub-humanas.
Bill conseguiu integrar-se na expedição, na qual se
integravam negros e crioulos, que subiu o rio Missouri, posteriormente passou
ao Marias. Um dos crioulos tentou violar a menina e Bill salvou-a da situação
aflitiva passando a partir de então a desenhar-se entre os jovens uma
cumplicidade comovedora. Estrela Matutina apelidou Bill de Coração Valente.
A expedição correu mal, acabando com a morte de Légard, mas
Bill, Hurricane e Hulton salvaram-se e prosseguiram a sua vida de caçadores. Estrela
Matutina fugiu e nunca mais a alcançaram.
Os anos decorreram e o acaso levou a que os três caçadores
salvassem a vida de um «shoshone» que os pôs em contacto com a tribo. Bill
reencontrou Estrela Matutina que se rendeu a Coração Valente e casou com ele.
Mas o primeiro filho de ambos trouxe as sementes do ciúme e da desconfiança já
que os seus olhos eram parecidos com os de Hurricane. Bill preparou uma cilada
e convenceu-se que Hurricane cortejava Estrela Matutina. Disparou sobre ele e
partiu pensando que o tinha matado. De novo perto de sua mãe veio a saber que
os traços de que tanto desconfiara no filho também se encontravam na família.
Esta magnífica novela de Eduard Goodman, que daria excelente
filme Western com a policromia de paisagens com florestas e animais e
convivência com tribos índias, completa-se com o retorno de Bill para junto da
esposa e do filho, no seio dos «shoshones». Ela recebeu-o cheia de felicidade e
Bill mais contente ficou quando descobriu que o tiro que dera em Hurricane não
tinha sido mortal.
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